
Título: Wolverine: Saudade
Autor(a): Jean-David Morvan e Phillippe Buchet
Editora: Marvel/Editora Panini 48 Páginas
Editora: Marvel/Editora Panini 48 Páginas
Lançamento: 2008
O mutante mais "arretado" do universo Marvel está de férias no nordeste do Brasil e só isso já é suficiente para chamar a atenção para o quadrinho. Se tratando de uma revista única, uma One-Shot, facilita para que a curiosidade seja sanada. Assim parti junto com o baixinho canadense em sua aventura por Fortaleza no Ceará... E meu deus, que Brasil é esse que os gringos enxergam?
Aventura inédita do herói mutante no Nordeste brasileiro! Logan está visitando o Brasil de férias, mais precisamente em Fortaleza. Mas seu passeio de lazer chega ao fim quando Charles Xavier solicita que ele investigue o surgimento de um novo mutante. Agora a dura realidade das favelas brasileiras arrasta o mais popular dos X-Men a um turbilhão selvagem do qual ele não sairá ileso. Entre crianças de rua, muito jovens para serem penalizadas pela lei, esquadrões da morte, um terrível curandeiro e uma estranha divindade local, Logan terá de se render a evidência: no país do samba a vida humana vale pouco e a paixão permanece a flor da pele.
Tudo começa quando o recém chegado Logan de férias no Brasil é contatado pelo Professor Xavier para avisar que Cérebro detectou um mutante poderoso na cidade e que isso deveria ser investigado. Ainda no porto a espera de sua motocicleta, o baixinho tem o veiculo roubado por "trombadinhas" que acabam humilhando o canadense que não esperava encontrar seu alvo mutante tão cedo. Enfurecido Logan se põe em uma perseguição e se envolve em confronto com um grupo de homens conhecidos como Esquadrão da Morte. E lá se vão as férias do Wolverine!
A partir desse ponto as coisas se invertem. Wolverine ajuda os garotos que roubaram sua motocicleta, incluindo o jovem mutante Xexéu, a fugir e é levado por eles para a favela. Lá o mutante canadense conhece a dura realidade brasileira e como o povo consegue ser feliz mesmo assim. Até o vemos dançar forró (ou algo do tipo) em uma festa aparentemente dedicada a Iemanjá. Mas alegria de pobre dura pouco.
Somos apresentados ao verdadeiro mutante poderoso sobre quem o Professor X alertou. Um homem que usa seus poderes abusando da crendice e da fé popular, um curandeiro rico que atrai multidões de desesperados aos seu palacete: o intitulado Pai Kuhrra. E o suposto Pai de Santo não está nada contente com a intromissão de Logan em seus planos.
A partir desse ponto as coisas se invertem. Wolverine ajuda os garotos que roubaram sua motocicleta, incluindo o jovem mutante Xexéu, a fugir e é levado por eles para a favela. Lá o mutante canadense conhece a dura realidade brasileira e como o povo consegue ser feliz mesmo assim. Até o vemos dançar forró (ou algo do tipo) em uma festa aparentemente dedicada a Iemanjá. Mas alegria de pobre dura pouco.
Somos apresentados ao verdadeiro mutante poderoso sobre quem o Professor X alertou. Um homem que usa seus poderes abusando da crendice e da fé popular, um curandeiro rico que atrai multidões de desesperados aos seu palacete: o intitulado Pai Kuhrra. E o suposto Pai de Santo não está nada contente com a intromissão de Logan em seus planos.
Apesar do clichê que sempre estamos acostumados a ver quando escrevem algo sobre o Brasil, várias aspectos citados na história foram bem inseridos, mas não há como negar que não houve uma pesquisa mais aprofundada por parte dos franceses Jean-David Morvan e Phillippe Buchet para a parte visual do Brasil.
Enquanto se atentaram ao fato de turista estrangeiro sempre ser alvo de bandidos, o brasileiro é visualmente retratado como o esteriótipo tipico latino, desde as roupas ao visual dos personagens. Uma mistura de méxicano, cubano e do povo andino. Tiveram a preocupação com o lado cultural religioso tão forte no nordeste cuidadosamente brincando com a questão mutante da divindade, incluindo a misteriosa sereia que aparece sem uma explicação maior na história (seria apenas uma mutante ou a deusa das águas em pessoa? Iemanjá?). Por outro lado as construções e os veículos em nada lembram o Brasil, mas sim se parecem como Cuba é retratada nos filmes americanos: Veículos ultrapassados, mal cuidados e alguns que nunca existiram em solo brasileiro. Apesar da falta de conhecimento geográfico, principalmente o relevo, a parte de Pirambu, a favela, foi bem retratada. É só procurar fotos após a leitura que fica perceptível.
Ainda temos outros pontos que para os estrangeiros que leram e/ou lerão a HQ não fará a menor diferença, mas para alguns de nós, principalmente os mais próximos dessa realidade, causará o certo incomodo: como o grupo de extermínio varrendo a cidade armado na cara dura.
A HQ vale ser conferida no minimo pelo bizarro, e ver mais um pouco de como somos imaginados pelos estrangeiros. Mesmo não sendo uma história de grande destaque para o personagem ainda tem todos os elementos que tornaram-no famoso no mundo todo: a ação, a violência, seu gênio forte, o lado sedutor e o senso de justiça. Um passatempo recomendado para aquela leitura rápida, e é bacana perceber o esforço do estranheiro entender e passar adiante um sentimento tão tipico do brasileiro e que apenas na última página nos faz entender o título da história. Segundo Logan, "um sentimento que não dá pra traduzir, tipo uma sensação nostálgica, de coisas legais vividas no passado. Os brasileiros chamam de saudade".
Oie!
ResponderExcluirDificilmente eu leio HQ, acho que só falta de costume mesmo, mas leria essa. Gosto do Wolverine rsrs. As HQ, são divertidas, leitura rápida realmente, uma boa pedida!
Abçs!
:)
Oi Ace,
ResponderExcluircurto mais os mangá de como diz meu noivo 'de menininha' rsrsrsrs
bjo
http://blog.vanessasueroz.com.br
As ilustrações estão incríveis. Acho que vou comprar.
ResponderExcluirM&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de julho