Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e... espionando os vizinhos. Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir. Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle? Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. "A Mulher Na Janela" é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.Título: A Mulher na Janela
Autor (a): A. J. Finn
Editora: Arqueiro
Número de páginas: 352
Vocês não imaginam o tamanho da minha vontade de ler esse livro! Assim que vi entre os lançamentos da Arqueiro, surtei. Eu, que sou uma apaixonada por thrillers, sejam eles policiais ou psicológicos, e a sinopse desse livro me deixou com a curiosidade super atiçada. Então lá fui eu, certa que iria gostar da história. E não foi diferente.
Anna Fox não sai de casa há quase um ano por conta da sua agorafobia. Desde que sofreu um grave acidente sua vida mudou drasticamente e foi submetida a uma rotina bem diferente da que tinha antes. Ela, que trabalhava como psicóloga infantil, agora divide seu tempo entre os jogos online de xadrez, o chat do Ágora e suas constantes espionagens aos vizinhos. Pela lente de sua câmera ela tem acesso a quase tudo que acontece na redondeza e se mantém informada da rotina dos moradores. Por conta de seus problemas, o marido e a filha foram embora e ela vive sozinha, tendo como companhia o gato, o inquilino esquisito e o vinho, que é atualmente o seu melhor amigo.
E é em meio ao caos de sua vida, que ela começa a prestar atenção nos novos vizinhos, os Russells. O casal e o filho adolescente mudaram-se a pouco tempo para a casa do outro lado do parque e dão a impressão de serem aquela típica família perfeita. Eles passam a ser o constante alvo de observação de Anna e tudo só piora quando ela ouve um grito que parece ter vindo justamente da casa deles. Atemorizada, passa a observá-los com mais afinco até que presencia uma cena muito mais chocante.
O pânico toma conta dela, que liga para a polícia e relata tudo o que viu. Mas como alguém pode dar crédito a uma mulher que está dopada de remédios e bebida? Desacreditada por todos, Anna começa uma nova jornada onde precisa provar que nada daquilo foi fruto de uma alucinação e que o que viu foi real.
Minha gente, que livro foi esse? Comecei a ler com a expectativa lá no alto e logo no início achei que ele não seria tudo isso. Muito embora a leitura seja muito ágil, ele demora a engatar com a trama em si e passa uma boa parte do tempo nos ambientando à rotina de Anna, trazendo algumas curiosidades a respeito de seu dia-a-dia e de tudo que a cerca. Inicialmente achei que fosse desnecessário, mas assim que a história deslancha passei a entender o porquê de tudo aquilo.
Estou acostumada com aqueles thrillers que nos levam direto ao ponto, onde em suas páginas iniciais um crime acontece e nas demais vamos investigando junto com os personagens. Porém, esse segue uma linha bem diferente e aí entra em questão um ponto importante: a personagem possui um drama pessoal que vai ficando explícito a medida que as páginas avançam. Anna é uma personagem complexa, que ganhou a minha simpatia aos poucos e que tem uma carga emocional bem intensa. Me envolvi bastante com sua história e, muito embora não tenha gostado de algumas de suas atitudes, entendi que a maior parte disso se deu por conta de sua doença e de tudo pelo que passou.
O livro é narrado em primeira pessoa e é através da ótica de Anna que vamos conhecendo todos os fatos. A leitura em certos momentos se torna angustiante, principalmente porque não sabemos se podemos confiar no que ela vê ou fala. Fiquei aflita em várias partes e algumas vezes tive que fechar o livro pra poder respirar fundo e colocar as ideias em ordem.
A Mulher na Janela vai bem além do thriller e traz à tona assuntos como depressão, o uso excessivo de medicamentos, alcoolismo e fobias sociais, que estão cada vez mais presente em nossa sociedade. Foi um livro que mexeu com meus sentimentos, que me deixou confusa, irritada, angustiada e que, principalmente, me manteve atenta do começo ao fim. Existe um constante clima de mistério no ar e a atmosfera sombria da casa de Anna, sempre fechada, com persianas baixas e pouca entrada de luz, contribui para que o clima de suspense fique ainda maior.
Quanto ao grande mistério do livro, vejam bem...vocês sabem que sou metida a detetive, que gosto de dar meus palpites e sempre acabo errando. Mas dessa vez foi diferente já que meu faro de detetive aprontou para o lado certo e, no final, descobri que estava mesmo desconfiando da coisa certa. Pontos para a detetive Neyla.
Esse é o livro de estreia do autor e posso dizer que ele começou com o pé direito. É dinâmico, tem uma trama interessante e bons personagens. Com certeza irá agradar em cheio aos fãs do gênero.
Olá Neyla, gostei bastante da sua resenha, eu via esse livro na livraria mas nunca parei pra saber sobre o que realmente se trata. Gostei muito de conhecer o enredo através da sua resenha e do tamanho da sua empolgação com o livro.. Confesso que não costumo ler trillers mas daria uma chance só pela curiosidade que sua resenha me deixou, afinal.. O que esse vizinhos fizeram?! Hahaha
ResponderExcluirBeijos,
Conta-se um Livro
Eu quase que ia comprando esse livro, mas desisti,porém ainda quero ele pois parece ser aquele thriler que eu amo, que a pessoa tem que usar dos dotes de detetive que tem, amo livros assim.
ResponderExcluirThriller bom tem que ser escrito em primeira pessoa mesmo, né, para deixar a gente roendo as unhas! Hahaha
ResponderExcluirAchei interessante a protagonista que me lembrou um pouco a de A garota no trem por ser desacreditada por todos por beber e tomar remédios. Acho que já li uma resenha anterior desse livro, mas não me lembrava mais da premissa. Vou acrescentá-lo no meu Skoob para não esquecer de novo! =)
Ola, tudo bem??
ResponderExcluirAdorei sua resenha, esse livro é muito bom!!!! Já li ele, logo que foi lançado, e meu faro de detetive não é tão bom assim, pois não suspeitei de nadaaaa, aquele final, minha genteeee, amei..
Beijus
Oi Neyla, já separei ele para leitura. Ainda não tive tempo,mas estou muito curiosa e com boas expectativas em relação a ele.
ResponderExcluirBjs Rose
OIe
ResponderExcluirme lembrou muito o enredo de A garota no trem em alguns pontos, então parece ser um livro angustiante mesmo, boa dica, gostei da resenha
beijos
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